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02 de fevereiro: Dia Mundial das Zonas Úmidas


As Áreas Úmidas (AUs) são ecossistemas permanentes ou periodicamente inundados ou com solos encharcados. Estes ecossistemas podem ser de águas doces, salobras ou salgadas, com a biodiversidade local sendo moldada pela variedade destas condições. No Brasil, cerca de 20 % total do território pode ser considerado AUs, sendo que a maioria se encontra no interior do país, e uma pequena, porém importante parcela, localiza-se à beira mar. Exemplos de áreas úmidas são banhados, restingas, florestas ripárias, lagoas costeiras, manguezais e marismas.

Em geral, estes ecossistemas provém uma série de serviços essenciais para o bem-estar humano, tais quais: manutenção da quantidade e qualidade de água na bacia hidrográfica, recarga de aquíferos, sequestro de carbono, regulação do microclima, recreação (banho, pesca, lazer), manutenção da biodiversidade, provisão de materiais (pescado, produtos madeireiros), provisão de habitats para espécies comerciais de peixes e crustáceos, provisão de habitats para aves migradoras.


Apesar da importância ecológica e dos inúmeros benefícios para a sociedade, as AUs sofrem com uma imensa pressão antrópica, visto que muitas vezes tais ecossistemas são considerados áreas sem valor econômico. Tal fato é preocupante, visto que a deterioração das AUs acarreta a perda de processos ecológicos específicos destes locais e, consequentemente, na piora da qualidade de vida dos cidadãos que moram em áreas próximas a tais locais. Consequências como alagamentos em épocas mais chuvosas e escassez de água em estiagem são recorrentes em paisagens onde as AUs foram substituídas por ecossistemas mais urbanizados. Outros potenciais impactos decorrentes da perda de AUs são as infestações de mosquitos e outros insetos próximos a corpos hídricos sem vegetação ripária e diminuição de produção pesqueira em locais onde marismas e mangues foram modificados, peo fato destes locais serem berçário para peixes e crustáceos de relevância comercial.

Segundo o professor Jorge Luiz Rodrigues Filho da UDESC, extensões significativas das áreas úmidas presentes em Santa Catarina estão localizadas próximas a região litorânea, como é o caso daquelas inseridas no território da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca. Jorge destaca que a relevância destes ambientes motivou a criação de um Grupo de Trabalho formado por integrantes do Conselho Gestor da APA da Baleia Franca, que culminou com a publicação do documento intitulado “DIRETRIZES PARA A CONSERVAÇÃO E MANEJO DAS ÁREAS ÚMIDAS NO TERRITÓRIO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BALEIA FRANCA E SEU ENTORNO”.


Relatório Técnico GT Lagoas
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